quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PADOVA E MILANO, L'ISTORIA ITALIANA È STATA FINITA

Ainda extasiados com a beleza incomum de Veneza, Karla e eu ainda precisávamos visitar duas cidades italianas, antes de encerrar a lista que nos propusemos quando ainda estávamos no Brasil.
A primeira era Padova, cidade italiana de Santo Antonio de Pádua (Padova, em português, é Pádua). Minha amiga precisava agradecer uma graça alcançada, na Basílica de Santo Antonio, onde sua mãe, há sete anos, fez o pedido. O nome dessa graça se chama José Antônio, seu filho que hoje tem seis aninhos e que por alguns anos esperou ter, mas, por ordem do pândego destino, não chegava. Mas Santo Antonio, diligente, não tardou a interceder. No ano seguinte ao pedido feito, José Antônio nasceu.
Fizemos um passeio de uma tarde. Fomos de trem de Veneza para Pádua, numa viagem que durou pouco mais de meia hora. Pádua fica a cerca de 50 km de Veneza... vicinissimi!
Chegando em Pádua, a primeira parada, e principal, foi a Basílica de Santo Antonio, onde, inclusive, está sepultado. Apesar de muitos turistas, percebi nesse templo católico uma energia que existe em poucos outros da Itália. A maioria das igrejas, especialmente em Roma, perdem muito o sentido de local de oração e incorporam verdadeiro status de museus ou obras de arte. O fluxo de turistas na Basílica de Santo Antonio é intenso, mas se percebe que as visitas tem cunho religioso, de prece, agradecimento ou devoção. 




Na praça onde se localiza a Basílica há uma estátua equestre, obra de Donatello, chamada Gattemelata, produzida entre 1443 e 1450... ou seja, antes mesmo do Brasil entrar no mapa! 
Segundo o que pesquisei, essa estátua serviu de modelo para todas as estátuas equestres do mundo até o século XIX.



Após a visita à Basílica, embarcamos num SightSeening, aqueles ônibus de dois andares que passam pelos principais pontos turísticos da cidade. "Pádua é uma fofa!" 

No dia seguinte, saindo de Veneza, rumamos para Milão. Foi um início de viagem tumultuado, porque o trem, a princípio, deveria partir da estação Santa Luzia, no centro de Veneza, mas por um motivo que não conseguimos ter certeza sobre qual seria, o trem sairia da estação Venezia Mestre, na parte continental da cidade. 
Signica que tivemos que correr feito loucos pela estação Santa Luzia, com várias malas pesadas, em busca de um trem regional que nos levasse até a estação adequada. 
Ocorre que tal trem já estava de partida, obrigando-me a quase segurá-lo "no braço". Enquanto arremessávamos as malas para dentro do trem, impedia com os braços, pernas e pés, o fechamento da porta que tentava, sistematicamente, se trancar para que o veículo pudesse partir.
Felizmente, conseguimos chegar ao destino e embarcar no trem para Milano.
Gostamos "de cara" de Milão e chego à conclusão que tenho atração por cidades cinzentas. 
Milão é uma cidade grande, com um metrô extenso e bem organizado. Muito melhor e mais bonito que os metrôs de Roma ou New York.
Como eu já iria para Londres no dia seguinte, não restava muito tempo para conhecer a cidade, detendo-me ao Duomo e à Galleria Vittorio Emanuele II.
O Duomo de Milão é de deixar qualquer um de queixo caído. Aliás, meu queixo caiu tanto durante essa viagem que, acredito, precisarei de intervenção médica para pô-lo no lugar.

  
O tempo era curto, mas não podia deixar de visitar a cúpula da catedral, de onde se pode apreciar a riqueza de detalhes da arquitetura gótica empregada em sua construção.



Ao lado da catedral, de frente para a Piazza Duomo, está localizada a Galleria Vittorio Emanuele II. A galeria, com várias lojas de garbo e elegância, homenageia o primeiro rei da Itália unificada, Vittorio Emanuele II,  e foi construída entre 1865 e 1877. Um belo trabalho de arquitetura, comércio e moda. 




Infelizmente, o tempo que passei em Milão foi muito pouco. Tenho certeza absoluta do meu retorno à cidade para explorá-la melhor e com mais calma.
Aliás, despedi-me da Itália com a certeza de meu retorno. Apesar da minha relação com Roma não ser das mais pacíficas, não posso negar o quanto esse país de formato de bota é encantador e instiga a curiosidade de explorá-lo, desbravá-lo.
Ainda há muito o que conhecer e mostrar da Itália. 
Desejo uma ida à Sicilia, à Gênova, à Verona, à Pisa e ao que mais vier.
Desejo um retorno à Toscana, conhecendo novas cidades e novos caminhos, numa estação florida em que eu possa apreciar os famosos campos de girassóis. 
Desejo um retorno à Veneza, meu ápice de encantamento. 
Desejo um retorno à Milão, para reparar a terrível injustiça de ter passado míseras 24 horas.
E sim, desejo meu retorno à Roma, não por amor, nem por ódio, mas pelo grande respeito que tenho por esta cidade berço da cultura ocidental em que hoje vivo. Ainda há muito que conhecer desse colosso que é Roma e seus colossais monumentos.
Ci vediamo Italia!

2 comentários:

  1. Bellissimo! Foi uma jornada e tanto, quantas emoções...

    ResponderExcluir
  2. Que experiência maravilhosa, hein Pi? E que lugares lindos! A Itália realmente é encantadora. Agora Florença e Milão realmente merecem mais tempo, pois um dia não dá pra ver nada, não é? E como sempre, relatos apaixonados e fotos belíssimas. Adorei!

    ResponderExcluir