Uma querida amiga de faculdade publicou esse vídeo no Facebook. E eu amei!
Estar sozinho é uma experiência incrível e eu adoro!
Quando se está só, especialmente por vários dias, tem-se a grande oportunidade de conhecer a pessoa mais importante da sua vida: você mesmo!
E você só conhece a si mesmo quando se enfrenta e aceita passar uma temporada sozinho, consigo mesmo!
Quando estou só sinto-me poderoso, confesso. Sinto-me como um grande filósofo ou escritor que passa a ver o mundo, as pessoas e os acontecimentos como um mero expectador, analista e crítico.
É assim quando vou para um café sozinho, quando vou para o cinema sozinho e quando vou para a discoteca sozinho. Quando viajo sozinho, então, é a grande oportunidade de fazer tudo isso em regime intensivo!
É bem verdade que a vida, muitas vezes, dificulta o exercício da solidão saudável, afinal estamos imersos num mundo em que a comunicação está amplamente facilitada e, consequentemente, os compromissos estão amplamente disseminados.
Ficar só é a cada dia mais difícil, especialmente quando se é casado e tem filhos. Mas quem disse que a companhia de uma pessoa sincera, amigável e amorosa não é boa?
Afinal, o indivíduo não é único se não existir um conjunto.
Essa semana estreou "Cheias de Charme", a nova novela das 7 da Rede Globo. A abertura, muito bem feita por sinal, tem música de Gaby Amarantos, artista paraense.
E imaginei
como Gaby Amarantos poderia ter respondido a pergunta título em 2002, quando começava a ganhar fama, ainda de forma restrita ao estado do Pará, quando cantava na banda Tecno Show.
Teria ela respondido, naquele
tempo, que conquistaria uma fama surpreendente para uma artista paraense de
apelo popular?
Diria ela que seria
frequentemente convidada para participar de vários programas da principal
emissora de televisão do país?
Imaginaria ela que emplacaria a
música da novela das 7?
“Nascida no bairro de Jurunas, na
periferia de Belém do Pará, Gaby iniciou sua carreira como cantora na Paróquia
de Santa Terezinha do Menino Jesus, onde participava do coral. Chamava atenção
por sua voz grave, mas suave, tendo sido convidada para se apresentar em bares
da capital paraense com Banda Chibantes, onde cantava acompanhada do violonista
Cléber Viana.
Conhecida por sua exuberância e
por seu figurino extravagante - composto por brincos grandes, sapatos de 20
centímetros de altura com leds, roupas coloridas, cílios postiços, apliques de
cabelo e acessórios coloridos -, foi uma das responsáveis pelo surgimento e
difusão do Tecnobrega, ritmo que virou febre na Região Norte do Brasil. Ficou
conhecida nacionalmente após lançar a música "Hoje eu tô Solteira",
uma versão da música "Single Ladies", da cantora americana Beyoncé, e
escrita pelo grupo paraense Os Brothers. O sucesso da música rendeu a Gaby o
apelido de "Beyoncé do Pará". Seu segundo hit nacional,
"Xirley", já possui mais de 400 mil acessos no site YouTube.
Atualmente, Gaby está prestes a
lançar o seu primeiro disco solo, intitulado Treme, com produção de grandes
nomes como Carlos Eduardo Miranda e Felix Robatto.
Já participou dos programas
Fantástico, Altas Horas, Bem Estar, Caldeirão do Huck, Esquenta, Domingão do
Faustão, Agora é Tarde e De Frente com Gabi. E, em 2011, foi eleita pela
Revista Época como uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil.”
Independentemente de preferência
musical, de simpatia cultural ou de apelo mental, estou absurdamente feliz pelo
sucesso da minha conterrânea que a cada dia conquista espaço nacional, impondo
o seu autêntico jeito de ser, de cantar e, especialmente, de apresentar parte
da cultura popular paraense.
Por coincidência, nessa mesma
semana em que me questionava como uma determinada pessoa, que nem conheço, responderia
a emblemática pergunta há 10 anos, retornou às minhas mãos o convite de
formatura da minha turma de Direito... Justamente no ano em que completamos 10
anos de formados.
Assim, passei a me questionar
sobre a resposta que cada um de meus colegas de turma teria dado, naquele ano
de 2002: “como estará sua vida daqui a 10 anos?”
Posso falar por mim: certamente
não imaginava tudo que sucedeu nesses dez anos. A carreira não aconteceu como
imaginei, o que não significa decepção. Ao contrário, tenho hoje muito mais
opções, perspectivas e horizontes a serem explorados com muito mais maturidade
profissional e pessoal;
E no aspecto pessoal as
transformações foram intensas e libertadoras, descortinando uma felicidade a
cada dia mais apaixonante.
Sonhar e planejar o futuro,
acredito com convicção, é super válido para dar direção aos passos dados.
Entretanto, mais importante que planejar é saber que o caminho nem sempre é
reto e, muitas vezes, somos obrigados a mudar de estrada, pegar novos caminhos,
fazer desvios e aceitar novos destinos, sem culpa, sem dor, sem sofrimento.
Apesar de não saber como meus
colegas gostariam de ter vivido esses 10 anos e como efetivamente os viveram, desejo
que os anos tenham sido vividos validamente. Alguns devem ter desejado mais;
outros não devem ter desejado tanto; mas que todos tenham tido o suficiente
para que estejam felizes.
E se o lema é ser feliz, segue um vídeo sucesso da Gaby para animar, "Xirley":